[Resenha] A Dama de Vermelho

Título: A dama de vermelho
Autora: Day Leclaire
Editora: Editora Nova Cultural
Ano: 1998
Páginas: 72 (em ebook)

Sinopse: 

“Os anjos não temem aparecer em lugar algum. Nem mesmo em um escritório!”

Reed Harding havia contratado doze secretárias em seis meses. De fato, era preciso ser um pouco diferente para conseguir trabalhar para o temperamental empresário. Tinha de ser alguém como Angie Fazpaz, por exemplo. Loiríssima, linda e desejável. Na verdade, só havia um problema que preocupava Reed a respeito de sua décima terceira secretária: ela estava convencida de que era seu anjo da guarda! Porém, Angie não se parecia nem um pouco com um anjo, e muito menos com uma secretária. Como se não bastasse, vivia dizendo que sua missão era encontrar uma esposa para ele. No entanto, Reed queria apenas uma coisa: localizar o filho que ele nunca conhecera. Além de, é claro, seduzir seu anjo da guarda!



 
Minha opinião: Devo confessar que sou um pouco reticente com histórias de anjos sabe? Sempre os considerei seres celestiais e sagrados. Então foi com muita relutância que eu resolvi começar a ler esse romance. E não me arrependo até hoje de ter lido. Ele me fez rir e chorar. Me emocionei muito com algumas situações do livro e especialmente o final. Extremamente bem escrito e capaz de fazer você sonhar, desejar e amar.
         
        
         Imaginem uma moça loira e linda que está sempre usando vestidos vermelhos e que na verdade é um anjo da guarda. Imaginaram? Não? Pois ela existe e se chama Angie. A pobrezinha vive se metendo em problemas no céu porque nunca consegue cumprir uma missão dada por seu incrível supervisor Gentil. E agora seu “lugar” no céu está ameaçado. Então, depois de doze tarefas absolutamente fracassadas, ela recebe sua ultima oportunidade de permanecer no paraíso. Sua missão é encontrar uma esposa para Reed. Só que a nossa querida anjinha não contava com o fato de Reed ser um homem absolutamente contra o casamento ou, ter um ajudante. O dálmata Manchado. Ele ficaria com ela durante todos os momentos e ajudaria espionaria o trabalho de Angie na terra.
         Reed é um homem com um temperamento difícil que procura há dois anos seu filho (que ele realmente nem tem certeza da existência), desde que sua namorada o abandonou. E para completar, passa por um momento tenso no escritório de sua construtora. Em seis meses ele já perdeu doze secretárias e agora Angie é sua ultima chance de achar alguém para o trabalho. Mas, como confiar em uma mulher que vive com um dálmata surdo que gosta de subir em seu sofá e diz ser seu anjo da guarda? Pior, que sua verdadeira missão é encontrar uma esposa para ele?
        Angie faz de tudo para colocar o projeto “Arrumar uma esposa para Reed” em prática e só faz confusão. Aos poucos a atração começa a surgir entre os dois e ela fica desesperada. Como amar um homem se ela não era mais uma humana? Como lidar com esse sentimento tão avassalador sabendo que precisa encontrar alguém para ama-lo ou perderia tudo?
     Ri demais com a história. Angie é muito engraçada especialmente devido a sua inocência em acreditar que é supernormal levar por aí um cachorro gigante e surdo, (que lê lábios, usa uma infame gravata borboleta vermelha e odeia "ouvir" palavões), além de todas as atrapalhadas dela em tentar achar uma mulher perfeita para Reed. Isso implica em tentar auxiliar  interromper os jantares “românticos” com as pretendentes que a mãe dele arrumava, tentar fazê-lo acreditar que era de fato uma anja e fazê-lo perder a cabeça várias vezes quando decide bancar a “Treinadora Amorosa” dele.
       É realmente tocante ver todo o amor e o desejo entre esse casal. E descobrir como suas vidas estavam ligadas desde antes de Angie virar um anjo. E o pior, Angie sempre tenta manter uma distância segura mesmo sabendo que faz os dois sofrerem porque nunca vão poder ficar juntos. Uma belíssima história de amor que vai convencer até os não crentes a amarem.

Trechinho do livro

— Angie, espere! — gritou Reed, segurando-a pelo braço, assim que conseguiu alcançá-la.
— Não!
Ela se virou para ele, no mesmo instante em que um relâmpago faiscou no céu, anunciando uma chuva próxima. Por um mo­mento, a natureza pareceu compartilhar a angústia de Angie.
— Você não entende Reed. Está tudo errado! Tudo!
— Então me explique o que está acontecendo — pediu ele.
— Não estou aqui por sua causa. Isso... Isso que existe entre nós... É impossível.
— E mesmo? — Ele a segurou pelos braços e puxou-a com delicadeza para si. — Jurou que não mentiria para mim. Mas é exatamente isso o que está fazendo agora, ao querer me convencer de que não sente nada por mim.
— Não há nada entre nós, Reed. Não pode haver! — in­sistiu ela.
— Pois posso provar que existe. — Segurou o rosto de Angie entre as mãos. — Basta que eu faça isso... Reed inclinou a cabeça devagar, mas hesitou, surpreso com a expressão atônita no rosto de Angie. Um brilho de lágrimas surgira nos olhos dela, provando que estava falando sério. Por um momento, ele captou toda a vulnerabilidade que havia por trás daquela postura firme e desinibida.
Angie permaneceu ali, diante dele, indefesa e esperançosa ao mesmo tempo. Ao longe, outro relâmpago faiscou no céu. Por um instante, a iluminação natural deixou-a com um aspecto pálido e revelou ainda mais o que ela tentava esconder.
Angie estava com medo!, Concluiu ele, chocado.
— O que foi, Angie? Do que está com medo?
Ela continuou a olhá-lo, não parecendo disposta a responder. De súbito, levantou a cabeça, parecendo indignada.
— Não acredito que isso esteja acontecendo! Quer mesmo uma resposta? Pois bem, vou lhe dar uma: tenho receio de que isso fuja do nosso controle e que meu trabalho acabe indo por água abaixo. Tenho medo do futuro, mas principalmente do que eu... — Ela não terminou a frase.
Tentou se afastar, mas Reed não a soltou.
— Termine — insistiu ele. — Qual é seu maior receio?
— Tenho receio do que estou sentindo. Pronto! Está satisfeito agora?
— É apenas um beijo, Angie. Não há o que temer.
(Páginas 33 e 34)

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